terça-feira, 12 de outubro de 2010

O Futuro Glorioso da Igreja

Por Hermes C. Fernandes

O evangelho de Jesus Cristo é a única mensagem que traz esperança para o mundo. Às vésperas de 2012, a mensagem mais em voga nos púlpitos de todo o globo é “o fim do mundo”. Pregadores bem intencionados exortam o rebanho a que esteja preparado para o arrebatamento da igreja. Segundo eles, os sinais proféticos estão se cumprindo, e a qualquer momento, a besta emergirá do mar, o Anticristo subirá ao trono, e se iniciará a grande tribulação. Acontecimentos recentes como a queda do muro de Berlim, o Mercado Comum Europeu, a quebra das bolsas de valores em todo o mundo, a globalização , o avanço tecnológico sem precedentes, a clonagem de animais, e muitos outros, são elevados à posição de sinais dos tempos, e servem de gancho às admoestações acerca do fim. Isso sem contar os cataclismos naturais, como furacões, terremotos, erupções vulcânicas, o efeito estufa e outros.

Afinal, que esperança podemos ter com respeito a este mundo, se tudo o que o espera é destruição, e nada mais ?

Se o mundo está perto do fim, então, por que muitos cristãos teimam em lutar em favor da justiça social, engajando-se na política, criando organizações não-governamentais e envolvendo-se nos mais diversos projetos sociais? Não será isso um contra-senso? Não creio que valha a pena lutar por algo que está perto do seu fim. Se o fim está próximo, como advogam alguns, comamos e bebamos, porque amanhã morreremos.
Será que a mensagem do evangelho é realmente pessimista quanto ao futuro do mundo ?
E quando Cristo retornar à Terra, que situação Ele encontrará aqui? Será que Ele Se deparará com uma Igreja apóstata, e um mundo perdido, ou com uma Igreja triunfante, e um mundo trans-formado pelo Evangelho?

Para respondermos a estas questões, precisamos recorrer à infalível Palavra de Deus, em vez de recorrermos às tradições religiosas. Infelizmente, muito daquilo que tem sido ensinado em nossos púlpitos não passa de tradição de homens. E o pior, é que o rebanho aceita passivamente qualquer ensinamento sem se dá o trabalho de examiná-lo à luz das Escrituras.

Leia com atenção o relato bíblico acerca da visão que Deus deu a Nabucodonozor, narrada no livro de Daniel acerca do futuro do mundo:

“E stavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mãos, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a palha das eiras no estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum para eles. MAS A PEDRA QUE FERIU A ESTÁTUA SE FEZ UM GRANDE MONTE , E ENCHEU TODA A TERRA...Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído. Este reino não passará a outro povo, mas esmiuçará e consumirá todos estes reinos e será estabelecido para sempre.”
DANIEL 2:34-35, 44.

Após ver uma grande estátua que representava quatro grande impérios mundiais, Nabucodonozor viu uma pedra que era arremessada contra ela, derrubando-a. Esta pedra representa o reino de Deus, como deixam claro os versículos 44 e 45. Ao derrubar a grande estátua, ferindo os seus pés, ela cresce e se torna uma enorme montanha. Aos poucos, esta montanha vai enchendo toda a terra !
Jesus veio trazer esta pedra, sobre a qual a igreja foi edificada. Ele disse a Pedro:

“Bem-aventurado és tu, Simão Bar-jonas, pois não foi carne e sangue quem to REVELOU, mas meu Pai que está nos céus. E também eu te digo que tu és Pedro, e sobre ESTA PEDRA edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”
MATEUS 16:17-18.

Não era Pedro a pedra sobre a qual a igreja seria edificada. Era a Revelação que ele acabara de ter que seria o fundamento da Igreja do Senhor Jesus por todas as eras. Pedro havia acabado de declarar que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus Vivo. Era esta declaração a pedra que estaria sendo arremessada contra os reinos deste mundo, derrubando-os, e ao mesmo tempo, seria ela o fundamento sobre o qual a Igreja seria edificada.

Essa pedra, ou essa revelação, haveria de tornar-se uma montanha que encheria toda a terra.
A Igreja edificada sobre a pedra da revelação, seria a Cidade edificada sobre o monte, iluminando todas as nações da Terra (Mt.5:14-16 e Ap. 21:24).

É desta Cidade que o salmista diz que “o seu FUNDAMENTO está nos MONTES SANTOS”. Como que num êxtase espiritual, ele exclama: “...Coisas gloriosas se dizem de ti, ó cidade de Deus” (Salmo 87:1,3).

Diante disto, não nos resta alternativa a não ser nutrirmos a esperança de que o mundo há de ser iluminado pela Cidade de Deus, que é a Igreja do Deus Vivo.

Aquela pedra arremessada contra os reinos deste mundo está crescendo a cada dia. Ela é a responsável pela queda do muro de Berlim e do comunismo em todo o mundo. Foi essa mesma pedra que está derrubando o capitalismo selvagem que domina nossa economia. Nenhum sistema deste mundo pode impedir a expansão do reino de Deus. Desta maneira, cumpre-se a promessa de Jesus de que “aquele que cair sobre ESTA PEDRA se despedaçará, mas aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó” (Mt.21:44).

A mesma pedra que reduziu a pó os impérios da antigüidade, está despedaçando todas as fortalezas que tentam impedir o avanço do Reino de Deus.

Gradativamente, o que era apenas uma pedra, vai tornando-se em um gigantesco monte, e este vai enchendo toda a terra.

Jesus não veio destruir o “mundo”, e sim despedaçar os sistemas deste mundo. À medida que estes sistemas são reduzidos a pó, o reino de Deus vai tomando o seu espaço.

E isto se dá, através da revelação, do conhecimento de Deus. Isaías profetiza acerca deste avanço do conhecimento:

“Não se fará mal nem dano algum em todo o MONTE da minha santidade, pois A TERRA SE ENCHERÁ DO CONHECIMENTO DO SENHOR, como as águas cobrem o mar.”
ISAÍAS 11:9.

Quando a Cidade de Deus é erigida no Monte, Sua luz é vista por todas as nações. E esta luz diz respeito ao conhecimento, à revelação do evangelho. Quando esta luz é emitida do alto do monte de Deus, as trevas da ignorância são dissipadas, e o conhecimento é multiplicado (Dn.12:4).

Neste início de milênio, a Igreja de Jesus precisa levantar-se, e cumprir o seu papel de alumiar as nações. Temos que deixar o ostracismo, a inércia, a apatia, e levantarmos, a fim de que a luz de Deus seja manifestada nos mais escusos lugares da Terra. Isaías profetiza: “Levanta-te, resplandece, pois já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti. As trevas cobrem a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o Senhor vem surgindo, e a sua glória se vê sobre ti. AS NAÇÕES CAMINHARÃO À TUA LUZ, e os reis ao resplendor que te nasceu.” (Isaías 60:1-3).

Se há trevas sobre a terra, e a escuridão cobre os povos, é porque não estamos cumprindo o nosso papel.

A glória de Deus está sobre nós, o que é que estamos esperando? (ver 2 Co. 4:6 ).

As nações esperam por nós. Elas só poderão caminhar à nossa luz. Elas somente se desenvolverão com justiça e paz se a Igreja refletir a luz da glória de Deus.

Assim que as nações forem iluminadas pela luz emitida por nós, a Cidade de Deus, elas virão e se prostrarão ante à glória do Senhor e ao Seu conhecimento.

Veja o que diz o profeta:

“Nos últimos dias se firmará o MONTE DA CASA DO SENHOR no cume dos montes, e se engrandecerá por cima dos outeiros; concorrerão a ele todas as nações.”
ISAÍAS 2:2.

As nações somente poderão obedecer aos mandamentos de Jesus, quando forem iluminadas pelo resplendor da Igreja.

Se não houver revelação, não haverá obediência. Quando emitimos a luz do Senhor, as vendas caem, e olhos são iluminados. E é o Espírito Quem remove as vendas, dando revelação. Segundo Paulo, o Espírito de Deus “é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a REVELAÇÃO do mistério que desde tempos eternos esteve oculto, mas se manifestou agora, e foi dado a conhecer pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento de Deus, a TODAS AS NAÇÕES PARA OBEDIÊNCIA DA FÉ” ( Rm.16:25-26 ).

Veja que a revelação do mistério de Deus não deveria ser monopolizada pela Igreja. Deus desvendou-nos os olhos para que víssemos a luz, e a refletíssemos a todas as nações para obediência da fé. Não podemos esperar que as nações se convertam ao evangelho, se não estamos cumprindo o nosso papel.

Cabe à Igreja irradiar a luz de Cristo, e ao Espírito Santo conceder revelação. “Pois Deus que disse: Das trevas resplandecerá a luz, é quem brilhou em nossos corações, para ILUMINAÇÃO DO CONHECIMENTO da glória de Deus, na face de Jesus Cristo” ( 2 Co.4:6 ).
Lembre-se que esta revelação começou com uma pequena pedra, a confissão da Divindade de Cristo. Agora, paulatinamente, esta revelação foi se ampliando, até tornar-se num monte.

A Igreja está edificada sobre o Monte da Revelação. Se a Igreja tem revelação, ela está apta a refletir a glória de Deus às nações e povos da terra. À medida que eles são iluminados, eles concorrem ao Monte de Deus e lá, recebem revelação.

Primeiro, as nações devem ser atraídas ao Monte de Deus, através da luz irradiada pela Cidade de Deus. Sua luz é realmente atrativa. Porém, para subir à Cidade de Deus ( que é a Igreja ), os homens precisam subir o Monte de Deus. É lá no Monte do Senhor que a revelação é dada. De acordo com a profecia dos lábios de Isaías, Deus “destruirá neste MONTE a máscara do rosto, com que todos os povos andam cobertos, e O VÉU com que TODAS AS NAÇÕES SE ESCONDEM. Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos; tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra. O Senhor o disse” (Is. 25:7-8).

Que véu é este, atrás do qual as nações se escondem? O véu da ignorância espiritual. Porém, “em Cristo ele é abolido” (2 Co.3:14b). “Quando um deles se converte ao Senhor então o véu é-lhe retirado” (v.16).

A partir daí, com o rosto descoberto, o homem já pode compreender os mandamentos de Deus, e praticá-los. Sem que este véu seja removido, o homem não está apto a obedecer à Palavra de Deus.

Quando o véu nos é retirado, não apenas somos iluminados, recebendo revelação, como também passamos a refletir a luz que recebemos. Paulo complementa seu argumento, afirmando que, “todos nós, com o rosto descoberto, REFLETINDO A GLÓRIA DO SENHOR, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (II Co. 3:18).

Jamais as nações poderão andar à nossa luz, se teimarmos em ocultar a glória em nós revelada.
Não podemos impedir o acesso ao Monte do Senhor. Não temos o direito de monopolizar o conhecimento de Deus. Ele não é monopólio de quem quer que seja. O cristianismo não é uma religião de mistério, como aquelas que povoam o Oriente. O cristianismo é o veículo da revelação de Deus para o mundo. Qualquer um que desejar conhecer os mistérios de Deus deve ter acessos a eles. Se Ele desejar revelar, Ele o fará. O que nós não podemos é ocultar o que Deus nos tem mostrado.

Tal qual Filipe que se tornou um poderoso instrumento de Deus para levar a luz do Evangelho aos Samaritanos, a Igreja precisa proclamar as Boas-Novas do Reino àqueles povos que ainda não foram alcançados. Segundo o relato bíblico, “houve grande alegria naquela cidade” onde Filipe proclamou a Verdade Eterna (At.8:8). É esta alegria que haverá em cada cidade da Terra, quando o conhecimento de Deus inundar as nações do mundo.

Esse mesmo Filipe, após abalar Samaria, “levantou-se, e foi. No caminho viu um etíope, eunuco e alto funcionário de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros, e tinha ido a Jerusalém para adorar. Regressava, e assentado no seu carro, lia o profeta Isaías. Disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro. Correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e perguntou: Entendes tu o que lês? Ele respondeu: COMO PODEREI ENTENDER, SE ALGUÉM NÃO ME ENSINAR?” (At.8:27-31a).

Por que o Espírito não deu revelação ao eunuco acerca do que ele lia? Simplesmente porque o veículo usado por Deus para difundir o conhecimento é a Igreja. O Espírito, a Palavra e a Igreja formam um tripé onde repousa a revelação de Deus. O Espírito não trabalha senão pelo canal escolhido por Deus, a Igreja. É por ela que a multiforme sabedoria de Deus é manifesta. Até o anjos, se desejarem conhecer os mais profundos mistérios de Deus, terão que atentar para a Igreja. No caso de Filipe e o eunuco, o Espírito Santo trabalhou em cumplicidade com o evangelista.

Quantos “eunucos”, altos funcionários de governos estão recebendo a revelação de Deus atualmente?

A Igreja de Jesus precisa promover o evangelismo em massa como Filipe fez em Samaria. Mas também precisa promover o evangelismo pessoal como Filipe fez com o eunuco. Além disso, a Igreja precisa promover um evangelismo de influência. O que é isso? Aquele eunuco era um alto funcionário do seu governo. Era, sem dúvida, alguém muito influente em seu país.
Evangelizando-o, Filipe estaria atingindo um número maior de pessoas do que em suas campanhas em Samaria.

Pense comigo: A reforma protestante atingiu não apenas o “povão”, mas os mais influentes homens da Europa. Foram esses que deram abrigo a Lutero quando o clero o perseguia.

Pensando assim, podemos dizer que quem pregou o Evangelho a Paulo foi o responsável direto pela conversão de milhares de pessoas em todo o mundo. Ainda que Ananias tenha sido um cristão simples, sem fama, quase anônimo, ele foi o instrumento de Deus para levar o Evangelho ao maior apóstolo de todos os tempos.

O mesmo Pedro que numa noite lançou a rede e pescou cento e cinqüenta e três grandes peixes, recebeu de Cristo a ordem que lançasse o anzol, a fim de que pescasse um único peixe, dentro do qual haveria o dinheiro necessário para pagar os impostos dele e de Jesus.
Não podemos desperdiçar nenhuma oportunidade. Cada pessoa que aproximar-se de nós, deve ser conduzida ao Monte do Senhor.

A promessa de Deus é esta:

“Aos estrangeiros que se chegarem ao Senhor para o servirem, e para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos seus...também os levarei ao meu SANTO MONTE, e os alegrarei na minha casa de oração. Os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar, pois a minha casa será chamada CASA DE ORAÇÃO PARA TODOS OS POVOS.”
ISAÍAS 56:6-7.

Não podemos esperar que Deus faça tudo sozinho. Ele deseja trabalhar através de nós. Ele bem que poderia usar os anjos, mas preferiu usar a Igreja para levar às nações o conhecimento do mistério da fé.

Está chegando o dia em que “virá toda a humanidade a adorar na minha presença, diz o Senhor” ( Is.66:23 ).

“Os que forem sábios” disse o anjo do Senhor a Daniel, “RESPLANDECERÃO como o fulgor do firmamento, e os que a muitos ENSINAM A JUSTIÇA refulgirão como as estrelas sempre e eternamente... Muitos correrão de uma parte para outra, e o CONHECIMENTO SE MULTIPLICARÁ” (Dn.12:3, 4b).

Se realmente almejamos esse dia, temos de resplandecer a luz da glória de Cristo, ensinando a justiça aos povos, promovendo a multiplicação do conhecimento.

Foi por isso que o último mandamento de Jesus aos Seus discípulos foi: “Ide e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ENSINANDO-OS a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado. E certamente estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos” (Mt. 28:18-20).

Os sistemas deste mundo estão feridos de morte; os poderosos deste mundo estão sendo reduzidos a nada. Este é o momento propício para que discipulemos as nações, levando-as à obediência da fé.

A mensagem do Evangelho é de esperança, e não de derrota. Jesus não será recebido por uma Igreja derrotada, incapaz de levar a cabo o Seu Ide.

Muitos advogam a idéia de que estas profecias dizem respeito a um tempo específico chamado Milênio, quando Cristo viria reinar sobre a terra. Porém, não é esta a posição encontrada nas Escrituras. Assim como pela Igreja a sabedoria de Deus é conhecida pelos principados e potestades, será por meio dela que Cristo encherá a Terra do Seu conhecimento.

O pensamento predominante no meio evangélico contemporâneo é que Cristo virá a Terra num tempo em que a apostasia estará dominando a Igreja. Eles se baseiam em algumas passagens mal interpretadas, como aquela em que Jesus pergunta: “Quando, porém, vier o Filho do homem, achará fé na terra?” (Lc.18:8).

A prova da inconsistência desta interpretação é óbvia. Se Cristo não vai encontrar fé na terra, então, quem Ele vem encontrar?

Seria viagem perdida vir à Terra sem que houvesse alguém com quem Ele pudesse encontrar-Se.

Nesta passagem, Jesus não está falando sobre a Sua Vinda, e sim sobre a resposta ao clamor de alguém que deseja ver a justiça de Deus manifesta em sua vida.

Ele havia acabado de contar uma parábola que falava acerca de uma viúva que clamava pela intervenção de um certo juiz iníquo. De tanto insistir, sem esmorecer na fé, aquela mulher acabou sendo atendida. Segundo Jesus, Deus está sempre disposto a fazer justiça aos Seus escolhidos, mesmo que os faça esperar. É neste contexto que pergunta: Quando vier o Filho do homem, achará fé na terra? Isto é, quando Sua justiça se manifestar, a pessoa que a buscou se manterá firme na fé?

Lembre-se que no começo deste capítulo, Lucas deixa bem claro que o assunto que Jesus estava introduzindo através desta parábola era “o dever de orar sempre, sem jamais esmorecer”. Portanto, o que estava em pauta não era o Seu Retorno, e sim a manifestação da Sua justiça, em resposta às súplicas dos Seus escolhidos. O verbo grego traduzido por “vir” neste texto pode ser traduzido por “manifestar”.

Quando retornar à Terra, Jesus vai encontrar uma Igreja Viva e Poderosa, que há de recebê-lO nos ares, como o grande Imperador do Universo, Rei dos reis, Senhor dos senhores.

É por isso que este evento é chamado em grego de parousia. Esta palavra era usada para definir a chegada triunfal de um imperador romano. Quando ele estava à portas, chegando de uma batalha ou de uma viagem, seu povo saía ao seu encontro para recebê-lo com vivas e júbilo. Assim também, quando nosso Senhor vier para assumir pessoalmente os reinos deste mundo, nós O recebermos nas nuvens com júbilo e gozo.

Naquele dia, poderemos cantar o salmo 48, que diz:

“Grande é o Senhor e mui digno de louvor,
na CIDADE DO NOSSO DEUS, NO SEU SANTO MONTE...A ALEGRIA DE TODA A TERRA...”

SALMO 48:1-2.

Sabe por quê houve grande alegria entre o povo de Samaria quando Filipe lhes pregou a Cristo? Porque aquele povo foi conduzido ao Monte Santo de Deus.

Quando Ele vier, a pedra aqui deixada, terá se tornado em um grande monte, e sobre ele estará a Cidade de Deus, e esta trará alegria a toda a Terra.

Ele não vem em busca de uma igreja foragida, covarde e incompetente. Ele vem ao encontro de uma Igreja poderosa, fervorosa e triunfante !

O pequeno grão de mostarda, terá se tornado numa grande árvore, que aninhará todos os pássaros. A pequena quantidade de fermento terá levedado toda a farinha, e o reino de Deus terá se expandido por toda a Terra ( ver Lucas 13:18-21 ).

Todos os inimigos terão sido vencidos. Somente a morte terá sido deixada para o final da batalha. E esta será completamente derrotada pela ressurreição dos mortos ( ver ICo. 15: 24-28, 53-55 ).
Quando Ele vier, todas as nações da Terra terão sido discipuladas, e estarão andando à luz da Cidade de Deus. Esta é a nossa esperança!

À vista destas verdades, o que é que podemos fazer?

É tempo de nos levantarmos e aproveitarmos cada oportunidade que se nos apresenta. Nunca a Igreja foi tão equipada como agora. Os recursos fornecidos pela tecnologia nos oferecem a oportunidade de alcançarmos o mundo inteiro com Evangelho de Cristo em tempo recorde. Se os apóstolos conseguiram evangelizar todo um continente em apenas dois anos, o que não poderíamos com as facilidades das quais dispomos. Temos que fazer uso de cada recurso. A internet, por exemplo, pode ser uma bênção para a Igreja do século XXI. E o que dizer dos meios de comunicação de massa, tais como TV, rádio, imprensa escrita e outros? Deus não nos terá por inocente se não aproveitarmos as chances que nos são dadas hoje.

Creio que Deus permitiu o avanço tecnológico deste século para o uso da Igreja. Não tenho a menor dúvida sobre isso.

Imagine se os apóstolos vivessem hoje, se eles desperdiça-riam as oportunidades que nosso tempo oferece. Se não levarmos isto a sério, sofreremos prejuízos em nossos galardões, e a censura de Cristo diante do Seu tribunal.

Louvado seja Deus pela eletricidade, pela telefonia, pela informática, pelas linhas aéreas, pelas auto-estradas, pelas vias férreas, pelos grandes cruzeiros marítimos, pela internet, por cada satélite que orbita a Terra, possibilitando a comunicação à distância. Graças a Deus pela enorme possibilidade que a Igreja tem hoje de encher a Terra com o conhecimento de Deus.

Pelo jeito, este não é o fim, e sim o começo de um novo tempo. Aproveitemos as possibilidades oferecidas por este novo tempo, e avancemos na conquista das nações para Cristo. Afinal, são as nações a Herança de Deus para o Seu Filho Amado, com o qual somos co-herdeiros. Ele nos tem mostrado o poder das suas obras, dando-nos a herança das nações ! (Sl.111:6).

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